"O amor só descansa quando morre. Um amor vivo é um amor em conflito." Paulo Coelho.
Discutimos porque ambos temos personalidades fortes. Não me deixo vencer e tu também não. Tens o teu orgulho e eu tenho o meu. Segues a tua opinião e eu sigo a minha. Tenho um feitio difícil mas tu não ficas atrás. Ambos nos afirmamos e não deixamos que seja o outro a decidir por nós nem a influenciarmo-nos. Quando discutimos é por coisas banais, sem significado que poderia ser esquecido e passado à frente. Mas não. Fazemos ricochete. É ver quem aguenta mais. Quem consegue aguentar até ao fim o seu orgulho…
Desta vez sei que me passei um pouco. Detesto quando não aceitas o que te digo e viras costas. Detesto quando dás a impressão de desistires só por não gostares da minha ideia, só porque já estou a ficar menos contente. E faz-se isso, vais embora. Preciso de ir atrás de ti e pedir para que não vás. Detesto! E ontem passei-me um pouco. Tenho culpa, eu sei. Não precisava de me passar daquela maneira por uma coisa sem a mínima importância. Só queria que me percebesses da mesma forma que me dizes para te perceber. Custa tanto fazeres um pouco as minhas vontades? Eu sei que ás vezes sou um pouco mandona e que gosto das coisas ao meu jeito. Gosto que me façam as vontades, ou estou sempre a pedir para fazeres…
Mas ainda bem que te tenho e ainda bem que és assim. Porque só assim é que o nosso amor dura. Só assim é que te amo. Não conseguiria namorar nem amar alguém que me fizesse tudo. Que me fizesse as vontades todas. Que não me desse luta como me dás. Que tem coragem para se revoltar e dizer-me que estou mal. Dás-me pica e ainda bem. É certo que sofremos e dizemos coisas que nos magoam. Mas quem não sofre numa relação? Quem ama sofre. E quem sofre ama. E eu amo-te mesmo sofrendo e mesmo passando-me com o feitio um do outro.